terça-feira, dezembro 30, 2008

O passado está lá atrás...

Quem tudo quer tudo perde…
Foi um pensamento matutino que me atingiu com a dureza de um punho fechado.
Será por isto que estou como estou? Sozinho, sem nada?!
Incertezas e mais duvidas continuam a servir o meu travesseiro à noite quando apago a luz e fecho os olhos para tentar dormir e buscar consolo na noite que me reconcilia com os céus.

Quem tudo quer tudo perde…Sem dúvida alguma.
Até agora em tanto tempo ainda não me tinha apercebido da distância a que este pequeno provérbio podia chegar.

O passado está lá atrás.
E assim deveria de continuar. Mas existem alturas em que as recordações falam mais alto. São dificeis de serem silenciadas. Tal como o bater do meu coração e do ritmo continuo dos meus pensamentos.

Tanto que mudou em tão pouco tempo. Os sinais sempre lá estiveram, era algo de inevitável. Que já estava destinado para acontecer.

Não vou perder tempo a olhar para trás, à espera de que algo aconteça.
As coisas não mudam tão facilmente, houve tempos em que ainda acreditei em ti, em que queria acreditar em ti. Mas nada mudou, nada quiseste mudar. Agora continuas como sempre tiveste.

O ano termina, mais um mero ciclo que se fecha e o qual não vou voltar a abrir. Encerro por completo este capitulo.

Eu assim o mando e determino!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Mais um de descontentamento

Num país tão "pobre" como se explicam milionários salários?! Também eu sou apologista de quem se mostra capaz e talento para fazer algo em prol de um serviço ou comunidade, que deva ser bem renumerado.

Tanta falcatrua e tanta pouca vergonha abundam nos "nossos" dirigentes, que quanto mais têm mais querem e não mostram maneira nem forma de acabar com esta ganância que cada vez mais afundam as pessoas que destes dependem.

As taxas de juro descem os preços mantem-se. E ainda se aumentam outros dados, para piorar. Falo do spread, euribores e prestações. As subidas nos valores reflectem-se de imediato, para descer as contas já são feitas de outra maneira...Como convém a quem detêm o poder se assim fazer. Impune e seguro de que ninguém lhe apontará um dedo.

É nojento e doentia ver o que se passa e a impunibilidade com que passam ao lado de leis e de tudo o que podia ser proveitoso para quem tanta dificuldade passa.

Comissões parlamentares que são criadas apenas com o proposito de que tudo seja abafado. Na minha curta memória ainda não vi uma comissão que tivesse sido criada e que na realidade a tenham deixado executar o seu trabalho até ao fim.

É um pais de compadrios, onde só o famoso "chico-esperto" floresce à conta de subsidios e mais subsidios. E quando já tem o luxo que lhe convém, pede ainda mais subsidios para adquirir novos meios e luxos.
Muitos choram e berram pelos subsidios, mas poucos serão que lhes dão o uso para o qual foi atribuido.
E ninguém fiscaliza e bate o pé?!
Não há um minimo de justiça.

São vergonhosos muitos dos doutos senhores que se auto intitulam.
Deixem de pensar no vosso umbigo e passem a uma acção mais social. Para todos os que realmente precisam e de que só precisam de uma oportunidade para mostrarem que são capazes de fazer o que é realmente preciso fazer.

Assim falei, ouça quem quiser...

sábado, dezembro 06, 2008

Something new - II

Quando se trata de buscar a felicidade, qual será a receita?!
Eu não quero muito. Não falo do que os outros desejam para eles. Apenas quero saber daquilo que desejo para mim. Da falta que um pouco de atenção me faz. Da carência dos afectos, da necessidade da segurança.
Sem passar este nível, não consigo almejar um estádio superior, segundo dizia Maslow.
Sendo assim e dando ouvidos e razão a este senhor, até ter resolvido as minhas questões internas de segurança, não conseguirei subir de nível. Passar o jogo para um patamar mais elevado.

Estar sempre à espera do que vai mudar amanhã, do que tenho que fazer amanhã, do que me vai acontecer amanhã. O amanhã, o amanhã…
Se só vivo a pensar no amanhã, não consigo perceber o dia de hoje e tirar as devidas conclusões e ilações.

Assim, dificilmente conseguirei atingir os objectivos a que me proponho. Se somos aquilo que pensamos e os pensamentos seguem-nos e perseguem-nos como uma sombra e influenciam todo o nosso destino, eu ao pensar que tudo está errado, que o dia de amanhã não trará nenhuma coisa boa, estou a contradizer, em tudo, o que quero para mim.

Tenho que aprender a controlar este receio, que o sinto tão verdadeiro em mim, no meu interior. Não o sei explicar apenas o sinto e quase de certeza que é verdade. Ou serei eu quem não quer estar enganado?!
Como não posso estar com estes medos, se tudo o que me acontece nada é bom?
Ou será que deveria de ser do mais optimista possível e pensar que sim, tudo o que se tem passado é bom. Que tudo o que me faz falta e que de um momento para o outro fiquei sem nada, que verdadeira razão, que o fundo é positivo.
Sim, poderá ser, poderá acontecer. Mas até lá, até conseguir perceber o lado bom de tudo mau, sofro. Em silêncio, vou escrevendo.

Eu também erro e vacilo nos momentos menos indicados.
Sou humano…

And now, for something new...

O que me queres agora?!
Não esperes facilidades, nem sorrisos…
O teu tempo já passou, não queiras fingir que nada passou e que é tudo muito fixe e igual.
Comigo não funciona assim, principalmente quando sou posto de lado como uma peça de um jogo velho e sem jeito.
Não te chega o que já me fizeste sofrer?!
Queres voltar e continuar a magoar? Terás prazer nisso?!

Já aconteceu! Mas alguma coisa terá mudado?! Não creio, mas o tempo, sempre esse eterno espinho, vai-se encarregar de dar a sua resposta e de mudar o que há a mudar.
Se é que há alguma coisa a mudar. Pelo que tenho visto, continua tudo na mesma. O silêncio, a distância.
A não vontade…

A mentira, o engano, que só prejudica e que em nada ajuda a fazer caminho.

De tudo eu já não sei nada. Não nada que aconteça de novo. Ando enganado e a deriva, à espera que as coisas aconteçam.

Começo a ter vergonha de certas coisas que tenho feito.
O atraso que levo, a falta de vontade e energia de fazer algum esforço, de melhorar o que não há meio de melhorar.

O continuar a espera de um sinal, de um toque, da vontade em crescer e mudar tudo.
Voltar a baralhar e a dar tudo de novo. Seguir em frente, tentar algo de novo.
Só a ideia custa, tal como o silêncio.
Este silêncio que agora imponho e que me corta aos poucos. Este silêncio que me faz pensar que sempre tive razão. Que me faz pensar que apenas eu tentei, forcei e fui ao limite para conseguir o que há muito já estava destinado a não ser.
Apenas consegui adiar o inevitável, por tempo determinado.

“Não sei se fiz bem em sair, mas tinha que calar esta dor…
Tenho a noite ao regressar, dói-me não ir, mas não me deixes regressar.
Se gosto de ti, se gostas de mim e se isto não chega tens o mundo ao contrário…”

Lá vão cantando os velhinhos Xutos e Pontapés… Como esta música diz tanto.

O que mudou?!
Nada, absolutamente nada. Nem um esforço, nem uma nesga de vontade, na vontade de mudar o que já se tornou imutável. A chama apagou-se e assim vai ser difícil de a reacender. O que não me parece ser o caso.
O discurso, as atitudes, tudo na mesma. Quer dizer, ainda piorou porque já ambos nos apercebemos de que nada volta a ser o que era. Sem que haja um esforço, ou um simples toque por mais indiferente que fosse. Já não vai haver volta a dar. Dizes que tiro todas as conclusões mal, mas infelizmente só me baseio naquilo que dizes e que me fazes sentir. E será que estarei assim tão enganado?!
Não devo estar, a tua postura não é passível de enganos.
Nem a postura, nem as coisas que dizes. Terei sido tão cego assim?!
Terei sido tão benevolente ao ponto de acreditar que iria tudo ficar bem e acontecer como se sonha, só porque assim se quer?!
Esforcei-me e agora vou pagar pelo que fiz.
Sozinho e não quero que ninguém compartilhe comigo esta dor.
Ter-me deixado ir neste engano, durante tento tempo só tem um culpado. Eu.
Mas ainda vou a tempo de desfazer o que ainda der para o fazer. Aos poucos, vou conseguir levantar a cabeça e fazer o meu caminho, sem interrupções.
Já chega de perder tempo e de andar nas lamúrias.
Não me provaste que estou enganado, nem o irás fazer. Quanto a mim, todo o comportamento que advém é mais do que prova suficiente do engano em que tenho estado.
Da forma como tenho sido manipulado durante os últimos meses. Nunca nada foi como eu gostaria, como nós o planeávamos. Não por causa do ardor que colocava nas diligências para que acontecesse, mas porque tu não farias a tua parte. Deixaste-me acreditar na mentira que tanta vez contaste e em que acreditei.
Que tolo.
Que idiota.
Imagino quantas vezes já não te deves ter rido às minhas custas.
E eu que sempre acreditei em ti. Até ao dia em que me apercebi de tudo. Aliás eu já me tinha apercebido, mas não queria que as coisas mudassem. Mas tudo tem o seu tempo e o teu chegou ao fim.
E sou eu quem tu diz.
A não ser que me proves que estou realmente enganado, o que eu sei que não vai acontecer.