quinta-feira, janeiro 29, 2009

O ser fashion

O ser fashion obriga a usar oculos escuros mesmo em dias de chuva.
O ser fashion obriga a usar saltos altos mesmo quando nem sequer se sabe andar de ténis.
O ser fashion obriga a usar penteados ridiculos.
Enfim...
Mas o que mais me interessa nestes novos fenomenos da moda, são os "novos dreads", os mitras...
Começaram por usar roupa larga. Depois, como já não era o suficiente, passaram a usar larga e colorida. Colorido é ser simpático, florescente mesmo.
Como também não chegou, começaram a usar a roupa do avesso.
Não contentes, começaram a andar como se usassem os sapatos muito apertados, como se tivessem algum problema osteo-articular que os impedissem de andar direito.
Continuando insatisfeitos, passaram a usar calças largas, mas dos irmãos mais novos e pelos vistos ganharam problemas genitais visto que andam sempre com a mão naquela zona...

Se isto tudo é ser fashion, prefiro muito ser como sou...

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Houve um tempo em que acreditei nesta letra...

Fala, diz-me, o que estás a pensar
Oiço, sinto, o que estás sentir
Abre, abre a mão aos teus medos, dá
Deixa-me estar onde estás...

Diz-me que sim, estou aqui
Nada nos vai separar, nem dividir
Quero estar, junto a ti
Estou aqui...

Diz-me que sim...

Quero, ser, o teu barco no cais
Talvez, te possa levar para mim...
E libertar-te neste mar de amor...
Deixa-me cobrir-te de sol...

Diz-me que sim, estou aqui
Nada nos vai separar, nem dividir
Quero estar, junto a ti
Estou aqui...

Quando, sentires que te vais perder
sabes, que não te vou deixar cair
Vou estar aqui, até ao fim...

Diz-me que sim...

Diz-me que sim, estou aqui
Nada nos vai separar, nem dividir
Quero estar, junto a ti
Estou aqui...

Diz-me que sim

terça-feira, janeiro 06, 2009

Ano novo, vida velha

Deixei de acreditar na boa vontade das pessoas. Cada vez mais vejo os exemplos que me passam pela frente. Não há boa vontade, apenas interesse. Nada mais do que interesse. E principalmente ver pessoas que já conheço há demasiado tempo e que afinal já não as conheço de modo algum, de tal modo que estão mudadas. Também eu mudei, mas não deverá ter sido para tão mau.

O problema da noite é o de avivar as memórias. Estou aqui, novamente, sozinho a ouvir música e a escrever, sem conseguir descortinar o que poderei fazer para minorar o que me aflige. Não se trata só e apenas do trabalho, nem da falta de dinheiro.
Já é tudo. É um conjunto completo de ausência de alternativas, de jogadas possíveis e que me trouxessem algum alento e alegria.
O ano novo está longe de ter começado bem, muito longe. Os fantasmas trouxe-os comigo, apesar de ter aparentemente limpo o armário e retirado tudo o que me podia prender às lembranças de tempos felizes.
Ou pelo menos o eram, na aparência.

Pergunto-me o que poderá ter mudado assim tanto?!
E quando eu mudo de figurino? Até já a mim me chateia esta ausência de realismo. Já está, já acabou. Basta olhar e ver que já terminou. Não te liga, não envia uma única mensagem, nem sequer deve emitir um singelo pensamento em tua direcção.
Não, o teu tempo já foi.
Ou pelo menos o tempo que pensavas que era teu. O teu assento já está ocupado, quando nunca ele esteve livre.