And now, for something new...
O que me queres agora?!Não esperes facilidades, nem sorrisos…
O teu tempo já passou, não queiras fingir que nada passou e que é tudo muito fixe e igual.
Comigo não funciona assim, principalmente quando sou posto de lado como uma peça de um jogo velho e sem jeito.
Não te chega o que já me fizeste sofrer?!
Queres voltar e continuar a magoar? Terás prazer nisso?!
Já aconteceu! Mas alguma coisa terá mudado?! Não creio, mas o tempo, sempre esse eterno espinho, vai-se encarregar de dar a sua resposta e de mudar o que há a mudar.
Se é que há alguma coisa a mudar. Pelo que tenho visto, continua tudo na mesma. O silêncio, a distância.
A não vontade…
A mentira, o engano, que só prejudica e que em nada ajuda a fazer caminho.
De tudo eu já não sei nada. Não nada que aconteça de novo. Ando enganado e a deriva, à espera que as coisas aconteçam.
Começo a ter vergonha de certas coisas que tenho feito.
O atraso que levo, a falta de vontade e energia de fazer algum esforço, de melhorar o que não há meio de melhorar.
O continuar a espera de um sinal, de um toque, da vontade em crescer e mudar tudo.
Voltar a baralhar e a dar tudo de novo. Seguir em frente, tentar algo de novo.
Só a ideia custa, tal como o silêncio.
Este silêncio que agora imponho e que me corta aos poucos. Este silêncio que me faz pensar que sempre tive razão. Que me faz pensar que apenas eu tentei, forcei e fui ao limite para conseguir o que há muito já estava destinado a não ser.
Apenas consegui adiar o inevitável, por tempo determinado.
“Não sei se fiz bem em sair, mas tinha que calar esta dor…
Tenho a noite ao regressar, dói-me não ir, mas não me deixes regressar.
Se gosto de ti, se gostas de mim e se isto não chega tens o mundo ao contrário…”
Lá vão cantando os velhinhos Xutos e Pontapés… Como esta música diz tanto.
O que mudou?!
Nada, absolutamente nada. Nem um esforço, nem uma nesga de vontade, na vontade de mudar o que já se tornou imutável. A chama apagou-se e assim vai ser difícil de a reacender. O que não me parece ser o caso.
O discurso, as atitudes, tudo na mesma. Quer dizer, ainda piorou porque já ambos nos apercebemos de que nada volta a ser o que era. Sem que haja um esforço, ou um simples toque por mais indiferente que fosse. Já não vai haver volta a dar. Dizes que tiro todas as conclusões mal, mas infelizmente só me baseio naquilo que dizes e que me fazes sentir. E será que estarei assim tão enganado?!
Não devo estar, a tua postura não é passível de enganos.
Nem a postura, nem as coisas que dizes. Terei sido tão cego assim?!
Terei sido tão benevolente ao ponto de acreditar que iria tudo ficar bem e acontecer como se sonha, só porque assim se quer?!
Esforcei-me e agora vou pagar pelo que fiz.
Sozinho e não quero que ninguém compartilhe comigo esta dor.
Ter-me deixado ir neste engano, durante tento tempo só tem um culpado. Eu.
Mas ainda vou a tempo de desfazer o que ainda der para o fazer. Aos poucos, vou conseguir levantar a cabeça e fazer o meu caminho, sem interrupções.
Já chega de perder tempo e de andar nas lamúrias.
Não me provaste que estou enganado, nem o irás fazer. Quanto a mim, todo o comportamento que advém é mais do que prova suficiente do engano em que tenho estado.
Da forma como tenho sido manipulado durante os últimos meses. Nunca nada foi como eu gostaria, como nós o planeávamos. Não por causa do ardor que colocava nas diligências para que acontecesse, mas porque tu não farias a tua parte. Deixaste-me acreditar na mentira que tanta vez contaste e em que acreditei.
Que tolo.
Que idiota.
Imagino quantas vezes já não te deves ter rido às minhas custas.
E eu que sempre acreditei em ti. Até ao dia em que me apercebi de tudo. Aliás eu já me tinha apercebido, mas não queria que as coisas mudassem. Mas tudo tem o seu tempo e o teu chegou ao fim.
E sou eu quem tu diz.
A não ser que me proves que estou realmente enganado, o que eu sei que não vai acontecer.
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