domingo, novembro 28, 2004

Há dias assim

Em que a vontade é cinzenta, tal e qual a tonalidade do céu.
As ideias sucedem-se umas às outras tal como o vento que passa e leva as folhas já castanhas e mortas das àrvores.
Em que cai água na esperança que tudo fique limpo e que algo possa vir a brilhar.
Em que só fico a ouvir a chuva a cair, a bater nas portas e janelas, a imaginar que são os teus passos no chão, o bater da tua mão na porta.
Que é o ruído anunciador da tua chegada...
Mas o sussurar do vento não me trás a tua voz, o bater da chuva não te trás até mim.
E o cinzento perdura...

1 Comments:

At 8:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

betania comenta:

Rui, o cinzento, inspirou-te a escrever algo muito belo.
Já senti muitos cinzentos e continuo a sentir, até hoje
tenho a alma negra...mas pensa que a chuva em vez de chata, é uma música agradável, não poluente para nossos
ouvidos, é de borla, lava o ar, lava as ruas, é irmã
das nossas lágrimas...chora connosco e por vezes chove
entre raios de sol, que é uma imagem muito bonita e lá se formam uns arco-iris...que nos fascinam...
Beijinhos
betania
http://betanices.blogs.sapo.pt

 

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