quarta-feira, outubro 20, 2004

A minha declaração para o Infinito...

Gosto de ti! Será que ainda não compreendeste?Sabes que este silêncio mata-me aos poucos?!

Gostava de poder pegar no telemóvel, ou ainda melhor ter a oportunidade de te dizer isto...
A oportunidade até tenho, falta-me é a coragem.
Mas hoje em dia já ninguém acredita no Amor à primeira vista. Nem à primeira, nem à segunda, nem à terceira. O Amor caiu em desuso. Tornou-se tão trivial e manipulável.
É algo em que ainda acredito e que me faz sonhar.
Manter os olhos abertos e sofrer. Ver o mundo numa outra perspectiva, menos cinzenta.
Querer chegar ao dia em que finalmente consiguirei olhar-te nos olhos e dizer:

- Gosto de ti...
Suavemente, como o pousar de uma abelha em busca do seu polén.
Como o correr de um riacho na Primavera.
Poder olhar-te e sentir o mesmo desejo, a mesma ansiedade.

- Será que ainda não compreendeste?
Que paro todo o dia só para pensar em ti.
Que conto todos os minutos.
Que busco todas as chances para te poder ver, sentir, admirar.

- Sabes que esse silêncio mata-me aos poucos?
Não falares comigo é como se a noite nunca se transformasse em dia.
Ou o dia nascesse sem o brilho do Sol.
Nunca mais ouvir o riso das crianças, nem o cantar da Natureza.
Nem as histórias de embalar que mães contam aos filhos.

Palavras futéis estas, que iram cair em esquecimento, sem que alguém as perceba.
Palavras que buscam o consolo e a resposta ao meu desejo.
Palavras, simples Palavras que nada trazem, apenas servindo para deixar mais um pouco do meu egoísmo e ingenuidade ao acreditar que o Amor é possível...

1 Comments:

At 11:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

betania comenta:
Rui, que bonito...disseste tudo duma forma tão completa
que não há nada a acrescentar.
De certa forma, esta é a minha versão do amor, num
sentido amplo, universal...total.
Se não te importas, vou guardar este artigo nos meus
documentos porque de vez em quando acho que me vai ser
precioso lê-lo e meditar.
Obrigado.
betania
http://betanices.blogs.sapo.pt

 

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