sexta-feira, junho 18, 2004

Carta Aberta

Sei que não tenho estado a ser o mais correcto. Aliás esta é apenas uma forma camuflada para dizer que estou errado, sem o querer admitir.
Desde que tudo mudou entre nós, que sinto a falta de uma parte. Do teu olhar, do teu sorriso, do teu cheiro...
Talvez das tuas gargalhadas, dos teus toques com tamanha subtileza que me faziam estremecer.
Fizeste a tua escolha, eu fiz a minha. Qual dos dois terá razão?!
Eu sei que não a tenho e admito-a. Mas a nossa convivência nunca mais seria a mesma.
Não queria que continuasses dividida, ou com dúvidas. Prefiro manter-me isolado, de lado, à espera. Como sempre estive.
Ou então, talvez tudo seja uma imensa dor, raiva, por mais uma vez não ter tido coragem, de não saber como fazer as coisas, de ser EU.
De ser este eterno romântico, de ainda acreditar em flores e luares, de querer ver o nascer do sol e o mar. De querer acreditar de não existem mais perfeitas conjugações.
Esqueci-me de que não é assim que funcionas, que tal para ti não significa nada.
Ofereci-te tudo isto e mais que tivesses pedido e desejado. Fui um tolo e ainda o sou, por acreditar que tal poderia ter sido possível. Mesmo agora que mal nos vemos. Sim , eu sei que a culpa é minha e prefiro assim continuar.
Não pretendo estragar essa tua aparente felicidade...
Tudo passa, tal como a água de um rio. Nunca ninguém se consegue banhar duas vezes com a mesma àgua...